|RESENHA| A FANTÁSTICA SAGA DOS PEQUINESES DESAPARECIDOS

Sinopse: Ainda são sete horas da manhã de um sábado, quando um amigo liga para o outro, com quem estivera numa farra no dia anterior. Em tese, eles deveriam se arrumar e se dirigir ao escritório de advocacia no qual trabalham, pois em breve começará uma importante reunião que pode decidir o futuro do escritório e de suas próprias carreiras. Mas as coisas irão tomar um rumo inesperado.
Decididos a não comparecer à reunião, nossos protago­nistas darão início a um dia repleto de aventuras e revi­ravoltas. Nas vinte e quatro horas de duração da história, uma jornada regada a cerveja levará os amigos a encon­trar uma série de personagens interessantes, promover o cruzamento de muitas histórias inacreditáveis e quem sabe até encontrar as mulheres de suas vidas.
Tudo isso se sucede em um ritmo alucinante, num de­senrolar repleto de bom humor e referências musicais/ cinematográficas, tendo por pano de fundo o cenário cultural dos anos 80 e 90. A cada capítulo, a história oferece uma nova emoção, convidando o leitor a em­barcar nessa aventura e acompanhar nossos heróis na Fantástica Saga dos Pequineses Desaparecidos!
Resenha
Heey! Hoje a resenha é de A Fantástica Saga Dos Pequineses Desaparecidos do Nedram Solrac. O livro nos apresenta dois amigos que são advogados e que tem uma grande reunião naquela manhã, mas eles acabam decididos a não comparece. Herói e César acabam por decidir ter um dia solto, sem responsabilidades e preocupações, simplesmente diversão.  O primeiro capítulo nos mostra o nosso personagem chamado de Herói, é assim que ele é nomeado o livro todo,  acordando em seu carro sem saber o que tinha acontecido e como havia parado ali. Então o livro rebobina na manhã anterior e seguimos a partir dai em um dia cheio de loucuras e reviravoltas. Essa é basicamente a premissa do livro.
Umas das coisas mais interessantes no livro é o narrador. O Nedram utiliza a função metalinguística para encher o nosso narrador de vida. Ele vai está sempre contando a história para nós, leitores, como se estivéssemos conversando e tomando um café. 


“De fato, é aqui, dentro deste cenário digno de um desafio do tipo “Onde Está Wally?”, que encontraremos o nosso personagem principal, com seu carro estacionado num canto de uma ruela que dá acesso à praça, esperando que eu venha e conte a sua história. Eu, por meu turno, só espero que a história que ele tem a me oferecer seja suficientemente interesse para justificar as tantas horas e linhas que se seguirão.”
A construção de personagens é muito bem feita, por mais que muitas opiniões sejam semelhantes entre eles, você sabe quem é quem. O autor soube dá a voz certa para cada um e não ficou aquela confusão como em convergente que não sabíamos quem tava narrando pois "a voz" dos personagens eram muito similares. Apesar de eu não ter consigo criar empatia ou ter me identificado com nenhum deles.
Uma coisa que me fez diminuir, drasticamente, as minhas expectativas em relação ao livro foi que antes do primeiro capítulo tinha um "capítulo" chamado "Advertência Inicial". É basicamente o autor dizendo os motivos pela qual o livro poderá ser horrível. Sendo que o autor se mostra ter uma boa mão para escrita, precisa ser aperfeiçoada como qualquer outra, mas não tira o mérito de escritor de primeira viagem. Eu achei "too much" essa advertência no livro.


“Esse é o primeiro ponto pela qual a história pode não ser boa, mas tem outro bem pior: eu! Exatamente... Eu poderia aqui enumerar milhares de motivos pelos quais eu posso comprometer irremediavelmente a qualidade intrínseca da história que se segue, mas vou me ater apenas aos quatro que considero mais importantes.”
Uma outra coisa que vai depender do ponto de vista de cada um é uma certa agressividade do autor à determinados assuntos. Não posso afirma se são as opiniões formadas dele ou se foi somente para determinado personagem. Mas o autor vai cutucar religião, livros de autoajuda, terraplanistas e apesar de concordar em alguns pontos, a forma que foram inseridas na narrativa talvez não tenha sido das melhores. E algumas vezes era algo muito solto na história, como se estivéssemos na parada esperando o ônibus e do nada um cara grita "E ai rapaziada!" (referência a meme). Ele tá "cumprimentando" as pessoas? Sim. Da melhor forma? Nem tanto. (Assim como fiz referência ao um meme, o livro é cheio de referências também, principalmente, músicas.)


“Tantas mudanças envolvendo tantos paradigmas podem deixar as pessoas sem referência na vida... Como ler filosofia ainda não está entre os hobbies preferidos dos brasileiros, parece-me que vamos ter que amargar por algum tempo a dinastia da “literatura” de autoajuda.”
A Aione do blog Minha Vida Literária fez um vídeo falando do livro e ela falou muitas coisas que concordo e algo que pensei também é que o livro te traz a sensação daquele filme Se Beber Não Case. Você tem toda aquelas dúvidas geradas ao vê aquele personagem acordando sem saber como foi parar ali.
Vou deixar aqui os links onde você pode está encontrando o livro ou entrando em contato com o autor. Abraços.

|RESENHA| A FANTÁSTICA SAGA DOS PEQUINESES DESAPARECIDOS |RESENHA| A FANTÁSTICA SAGA DOS PEQUINESES DESAPARECIDOS Reviewed by Douglas Augusto on quarta-feira, julho 25, 2018 Rating: 5

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Romário Bispo