Eu descobri que me odeio (e não é pouco) | Queria eu saber escrever crônicas #1


Nesse último fim de pseudo-relacionamento que tive eu pude chegar a algumas conclusões. Não sei você, mas eu estou de saco cheio das palavras: autoconhecimento, ressignificar e amor-próprio. Eu realmente não aguento mais. Mas tudo tem girado em torno disso, e o quanto eu mesmo me saboto dentro dessas questões é algo que nem Freud pode me ajudar às vezes. Consegui notar que toda fanfic nova que eu vivo eu me dou muito por completo de forma rápida, e eu vejo a cena onde tem um outro eu e essa pessoa que gosto, e eu me jogo no lixo sem nem pensar duas vezes para alcançar esse ser humano que não chega nem perto de ser algo tão incrível assim. O meu objetivo a partir do momento que aquela pessoa entra na minha vida é fazer com que ela ria o máximo possível e deixar ela extremamente alegre com todo e qualquer artifício que eu tenha em mãos. Talvez eu tenha gastado muito dinheiro e tempo com isso? Talvez, mas não vai ser eu que vou me expor tanto assim aqui. 


E esse é o maior ponto que notei: eu me odeio. Não é possível que eu me troque tão fácil por algo totalmente incerto e que 80% das vezes se mostra totalmente fora do mínimo esperado. Eu não digo nem que é falta de amor, pois por falta se entende que existe algo até ínfimo ali. E é triste dizer isso, mas talvez nesse ponto eu esteja vazio. 


Abdicar do que gosta, tornar sua rotina adaptável por causa de uma pessoa que pode ou não te mandar mensagem, se jogar em algo que se prova ser raso é uma completa trairagem. E trair a si mesmo, me desculpe pra quem se ofender com isso (autocrítica), é a coisa mais estúpida que a gente pode fazer, porque estamos vinte e quatro horas por dia, sete dias por semana, com nós mesmo. Quando deixo de ir fazer minha caminhada - só um exemplo… jamais… fiz isso - para ficar em casa na espera de uma ligação que nunca acontece, nós estamos dando acesso para os nossos pensamentos lembrarem a gente o quão besta somos, porque nosso cérebro só que um pezinho para xingar a gente.


Acredito que ainda tem como mudar tudo isso aqui dentro de mim, existem inseguranças e traumas que levam tempo para transformar, mas alguns são mais fáceis se a gente se esforçar e buscar autoconhecimento, ressignificar as coisas e desenvolver amor próprio (nossa, como odeio essas palavras).


 

Eu descobri que me odeio (e não é pouco) | Queria eu saber escrever crônicas #1 Eu descobri que me odeio (e não é pouco) | Queria eu saber escrever crônicas #1 Reviewed by Douglas Augusto on sexta-feira, janeiro 28, 2022 Rating: 5

Um comentário:

Romário Bispo